Eu olho para fora. Pela janela do meu quarto. E tudo o que vejo é a chuva descendo calmamente. Não há nada que possa impedi-la de cair sobre a terra. Ela é limpa e fria. É como uma benção refrescando o solo arenoso. Purificando. E por um instante eu sinto inveja daquela chuva. Porque ela é livre, e transparente. Ela não tem medo de se mostrar. Encara os obstáculos – não importando quais sejam – porque ela tem um alvo a alcançar.
Eu a vejo caindo sem medo, e se desmanchando contra as pedras. Ela não tem medo da queda. Ou do baque que levará ao bater nelas. Não! E sabe porque? Porque ela sabe que isso é necessário, que as vezes a dor é necessária, para então chegar até a terra fofa. Para finalmente lavá-la de toda a impureza e cumprir seu papel.
A admiro por saber a intensidade com que sua presença é necessária. Algumas vezes desce com suaves gotículas, pois é dispensável mais que isso. Já em outras, desce mais impetuosa, mais forte, acompanhada de raios e trovões. Afinal ela sabe que às vezes até mesmo o céu necessita ser lavado.
E assim ela prossegue fazendo seu trabalho. Purificando tudo ao seu redor. Não se importando com a dor que isso possa lhe causar. Não deixando que alguns obstáculos possam impedi-la. Ela continua firme, independente do que aconteça. Independente dos gritos ao seu redor para parar de cair incessantemente. Ela sabe a proporção certa. Ela tem seu propósito embora muitos desconheçam. E ela não irá desistir, porque ela sabe que no final, chamarão por ela novamente. Ela acredita que no fim, sempre vale a pena!
liindãO o texto..
ResponderExcluirparabéns..
amei o seu blogger..
Beeeeijos!'
me segue ?
http://analiiceoliveira.blogspot.com/
estou te seguindo tbm ...
"A admiro por saber a intensidade com que sua presença é necessária."
ResponderExcluirForte isso!
Muito bom. Nunca tinha pensado na chuva por esse ângulo...
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